Como
tudo começou...
A história “começa” no final da década de 1880 quando a monarquia brasileira estava vivendo um momento de crise. O imperador Dom Pedro II provocava um descontentamento em diversos setores da sociedade brasileira, como a Igreja Católica por interferir em assuntos religiosos e o Exército que desejava obter maior reconhecimento. A classe média também estava crescendo no país, uma geração de pessoas formadas por funcionários públicos, profissionais liberais, artistas, jornalistas, estudantes e comerciantes que se identificavam com os ideais republicanos.
Os
proprietários rurais, com destaque para os cafeicultores do Oeste
Paulista, também desejavam maior poder político, para se equiparar
ao seu poder econômico. Tanta pressão por parte dos setores da
sociedade fez com que a monarquia enfraquecesse cada vez mais no
país, coincidindo com o fato do imperador Dom Pedro II estar doente
e cada vez mais afastado das decisões políticas. Uma nova forma de
governo mostrava-se necessária para atender as novas necessidades do
país.
Enfim,
a República.
A Proclamação da República no Brasil aconteceu no dia 15 de novembro de 1889, na Praça da Aclamação (atual Praça da República) no Rio de Janeiro quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, expulsou o Conselho de Ministros e seu presidente da monarquia constitucional parlamentarista que caracterizava o regime de Império no Brasil. Naquele dia foi declarada a República Federativa Presidencialista do Brasil, instaurando-se um governo provisório republicano. O Marechal Deodoro da Fonseca foi assim o primeiro presidente da República, com o Marechal Floriano Peixoto como vice e nomes que são reconhecidos até os dias atuais como os ministros: Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk.
Foi
o fim do governo de Dom Pedro II, que retornou com sua família para
a Europa. A partir daí o governo brasileiro seria escolhido pelo
povo por meio de eleições. Era o começo dos avanços democráticos
no país.
Democracia,
uma luta constante.
Que o feriado do dia 15 de novembro sirva para nos lembrar que a luta pela democracia deve ser algo constante. Que o direito de poder escolher os próprios governantes sejam honrados com decisões inteligentes e bem-pensadas na hora do voto. Que a história nos lembre, que nem sempre o povo esteve a frente das decisões políticas, mas que com luta e determinação chegaremos cada vez mais perto do ideal de República que precisamos.
Proclamação
da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito
Calixto (1853-1927).
Acervo da Pinacoteca
Municipal de São Paulo
Marechal
Manuel
Deodoro da Fonseca
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