terça-feira, 15 de março de 2011

PARABÉNS GRAVATÁ!






História de Gravatá
         O município de Gravatá deve a sua existência a uma fazenda de atividades agrícolas, e principalmente criatórias, quando no final do século XVIII, aqui tomava posse da terra o fazendeiro José Justino Carreiro de Miranda, justamente à época de penetração do Agreste, quando os portugueses, por motivos econômicos imperiosos, desejava ampliar os limites da colonização para o oeste da região. E assim surgia mais preciosamente em 1808, instalada às margens do rio Ipojuca, a fazenda Gravatá (palavra que na língua tupi significa folha espinhosa, em abundância na região), que deu lugar ao surgimento de um núcleo de comércio de gado e lenha.

         A situação estratégica contribuiu para acelerar o seu crescimento econômico, pois desde as épocas em que existiam pouco mais que a casa grande e os casebres dos moradores da Fazenda Gravatá, o sítio já se tornara uma convidativa parada para descanso e suprimento de gêneros de primeira necessidade dos tropeiros e outros viajantes que saiam do litoral em demanda à parte central do interior e vice-versa.

         Os serviços de hospedagem, principalmente para os viajantes que cruzavam estas paragens, e posteriormente, também para os que procuravam repouso, estimularam bastante o comércio e toda uma espécie de atividades suporte, que foram gradativamente se desenvolvendo em Gravatá.

         Enquanto as atividades da pecuária e do comércio progrediam na Fazenda, surgia, seguindo o alinhamento que o leito do rio demarcava um arruado duplo. Consolidava-se pouco a pouco o povoamento, criando-se duas vilas de moradores e foreiros com trinta casas na colina.
         Por volta de 1845, com a transferência do proprietário para o Recife, as terras foram parceladas para venda em cem lotes aos seus moradores.
         Novo impulso trouxe para o povoamento a repartição da terra, aumentando os arruados e criando os núcleos de Urucu-Mirin, três Vendas e Cotunguba.

         Para consolidar as prerrogativas de povoado, entre 1820 e 1857 construia-se a Capela Sant’ Ana e instalava-se a freguesia de Gravatá. A capela foi inaugurada em 1822 com celebração de uma missa.  
         Daí começou a prosperar. Entre 1825 e 1840, transformou-se num povoado, passagem obrigatória da capital da Província para o Sertão.
         Em 1857, no dia 25 de maio, pela Lei Provincial nº-422 era a povoação considerada freguesia, sendo a capela elevada à Matriz, e o seu primeiro vigário interino, o Padre Joaquim da Cunha Cavalcanti.
        
       Em 1881, finalmente foi elevado à categoria de Vila, no dia 30 de maio, pela Lei nº - 1.560. O primeiro Juiz Dr. Joaquim Guines da Silva e Melo, em 9 de março de 1884, instalou o Fórum Civil. Era vigário nessa época o Padre João Antônio Rodrigues.
         Em 13 de maio de 1884, no dia 15 de junho, pela Lei nº 1.850, passava oficialmente a cidade e Comarca, a antiga fazenda de José Justino Carreira de Miranda.
         Em 1893, no dia 15 de março, adquiria a maioridade, por fim como Município Autônomo, situação que desfruta até hoje, sempre em constante progresso. Foi seu primeiro Prefeito nomeado o Sr. José Gomes Cabral D’ Andrade e seu primeiro Prefeito eleito o Cel. Antônio Avelino do Rego Barros.

Depreende-se que o desenvolvimento da vida deste município, em especial a sua vida urbana, desenvolveu-se através de cinco fases que se sucederam desde as origens aos dias atuais.

·        Primeira fase: 1795 a 1830. Corresponde ao período de posse da terra e da fixação do nucleamento pioneiro, abrangendo sua origem e o surgimento das atividades produtivas.
·        Segunda fase: 1830 a 1850. Este período diz respeito ao fortalecimento do núcleo pioneiro e ao aparecimento de outros povoados.
·        Terceira fase: 1850 a 1900. Constitui a fase de criação da cidade, de instalação dos equipamentos públicos e de sua integração regional.
·        Quarta fase: 1900 a 1950. Esta etapa caracteriza-se pela expansão física da cidade, notabilizada por empreendimentos públicos que marcaram definitivamente sua feição urbana.
·        Quinta fase: 1950 aos dias atuais. Compreende um período de diversificação das funções urbanas em que vem se definindo a tendência para estação de veraneio em nível estadual.
Era cidade e começava a equipar-se e a assumir as funções que lhe eram normalmente atribuídas. Além de uma Escola, Coletoria Estadual.

Nesta época de grandes progressos e de organização, Gravatá recebeu positivamente a implantação de estrada de ferro (antiga Great Westem) que atravessava o município em direção ao sertão. Estava assim anunciando o advento da era industrial, enquanto um curtume era também instalado em 1893.
         Tem início um novo século e com ele a fase dos maiores empreendimentos públicos, coincidindo com o início do progresso de industrialização mediante a implantação de fábricas ligadas às matérias primas locais, notadamente o couro.
         O primeiro fato que assinalou o progresso de mudanças levadas a tempo dinâmico administrador Joaquim Didier, foi a instalação do curtume São José, nesta administração verificou-se a mais forte intervenção do poder público na estrutura urbana da cidade, ao proceder a desapropriação de casebres, tendo em vista a construção de novos prédios e o embelezamento da cidade. Este processo culminou com a construção do prédio da Prefeitura local, da cadeia pública e finalmente as abertura da Avenida João Pessoa e a construção do Mercado Público.
         Obras fundamentais de infra-estrutura foram levadas a cabo no início deste período: a construção de açude para o abastecimento de água e de pontes sobre o Rio Ipojuca.
         De 1910 a 1920 Gravatá sofreu mais um grande impulso com a implantação do telégrafo e da energia elétrica.
          Foi mais ou menos a partir dos anos trinta que a cidade começou a diversificar suas funções, notadamente culturais e de serviços. Outros cultos religiosos tiveram seus templos erguidos na cidade. É desta Época a construção da nova Matriz de Gravatá.
         Em 1940 instala-se na cidade o Banco Popular.
         A nova rodovia implantada nos anos de 1954 / 1958 encurtava a distância entre Recife e Gravatá, que localizada a mais ou menos 500m de altitude, possuidora de clima privilegiado, que abriu as portas ao turismo e ao progresso econômico.


PARABÉNS GRAVATÁ PELA SUA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA!

 
HINO DE GRAVATÁ

LETRA: Profª – Maria José de Carvalho.
MÚSICA: Maestro Manuel Pereira da Silva (Manoel Bombardino)


Entre vales bem no alto da serra
Tu te ergues cidade altaneira
Linda flor és orgulho da terra
Dessa imensa Nação brasileira!
Sobre o Cristo de braços abertos
Se desdobra num manto de luz
Este céu que parece tão perto
Do caminho que a Deus nos conduz.

Gravatá tu és bela e gentil
Por teus filhos serás sempre amada     (coro)
Rica jóia do nosso Brasil
Terno berço cidade encantada

Registrando um passado de glória
Tu viveste um episódio ideal
Foi Campelo este vulto da história
Quem te fez imortal, imortal!
De Justino o audaz cavaleiro
Que um dia em teu solo pisou
Recebemos felizes herdeiros
A herança da paz que ficou!




              

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