sexta-feira, 29 de abril de 2011

Novidade!


Sete escolas do município foram contempladas cada uma com um Projetor de Mídia. E em aproximadamente 45 dias estarão recebendo o equipamento.

As escolas contempladas são:

Escola Capitão José Primo de Oliveira

Escola Cônego Eugênio Vila Nova

Escola Edgar Nunes Batista


Escola Monsenhor José Elias de Almeida

Escola Municipal Amenayde Farias do Rego Barros

Escola Municipal John Kennedy

Centro de Formação do Menor

domingo, 24 de abril de 2011

INFORMATIVO






Prefeitura realiza encontro pedagógico com professores do município
O encontro vai trabalhar o projeto interdisciplinar
“Química: Nossa Vida, Nosso Futuro”.

AMANHà(25/04) a Prefeitura de Gravatá / Secretaria de Educação estará promovendo um encontro pedagógico com todos os professores municipais, diretores e coordenadores pedagógicos. O encontro vai trabalhar o projeto interdisciplinar “Química: Nossa Vida, Nosso Futuro”. O ano de 2011 foi declarado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, como o Ano Internacional da Química. Em estudos realizados pelos Coordenadores Pedagógicos foi elaborado o Projeto Interdisciplinar que será aplicado nas escolas e terá culminância no desfile cívico do município.

O encontro acontecerá das 8:00 às 17:00 no Centro de Formação do Menor/ ODIP, com os professores que fazem parte do Projeto Escola Ativa que envolve as escolas de Base da Zona Rural. Também das 8:00 as 11:00 na Escola Estadual Devaldo Borges com diretores e coordenadores das escolas Municipais, Estaduais e Particulares. Na Escola Capitão José Primo estarão os professores de Educação Infantil a 4ª Serie das 13:00 as 17:00 horas. Na Escola Amenayde Farias , estarão os professores da EJA (1ª A 4ª fases) e professores de 5ª a 8ª séries das 13:00 as 17:00 horas.


Fonte: http://prefeituradegravata.com.br/

FELIZ PÁSCOA!

Paixão de Cristo em Gravatá - TAG



























domingo, 17 de abril de 2011

Daniel Munduruku


“Manter-se vivo. Se resistirem, esses povos
garantirão uma riqueza cultural,
espiritual e moral que só bem faz ao Brasil.”

Foi por truque do acaso que ele nasceu na cidade.
Os pais viviam numa aldeia paraense. A mãe, grávida, viajou a Belém e o menino resolveu conhecer o mundo antes do esperado. Foi também por conta da curiosidade que, aos 15 anos, Daniel Munduruku deixou para trás a aldeia, formou-se em Filosofia, especializou-se em História e Psicologia e tornou-se um dos primeiros índios doutores do Brasil.
O confronto entre a tradição do povo munduruku e a vida na cidade ele transformou em histórias. E as histórias em instrumentos de diálogo. “Como educador, percebi que éramos dois povos assustados um com o outro. Era preciso aprender com as diferenças.” Com 40 livros publicados – voltados sobretudo para as crianças –, Daniel acredita que, apesar dos avanços, ainda há muito a fazer para que os povos indígenas sejam realmente reconhecidos dentro da pluralidade cultural brasileira. Questionado qual seria a principal contribuição do índio para a cultura brasileira, ele não vacilou: “Manter-se vivo. Se resistirem, esses povos garantirão uma riqueza cultural, espiritual e moral que só bem faz ao Brasil.”

Seus livros são escritos em português. Essa é a sua primeira língua?

 Fui alfabetizado primeiro na língua munduruku; depois, no português. Na escola havia uma política de estado para a incorporação do indígena na sociedade brasileira. A ideia era fazer com que o índio deixasse de ser índio e virasse “gente normal”, virasse brasileiro. Embora estivesse na aldeia, a escola não permitia que falássemos nossa própria língua. Éramos obrigados a falar português. Isso no início dos anos 1970. É claro que a gente falava escondido, mas quando éramos pegos vinham os castigos. Passar a viver na cidade foi um choque? Até certo ponto, não. Meu pai era carpinteiro e viajava muito para Belém por causa do trabalho. Eu tinha uma boa relação com a cidade. Mas, evidentemente, muitas coisas me chocavam. Quando cheguei a São Paulo, já adulto, sentia muita resistência dos outros. As pessoas se assustavam com o que eu era, e eu me assustava com o que eles eram. Como educador, comecei a perceber que nós éramos dois povos assustados um com o outro. E que era preciso que olhássemos mais para nós, que aprendêssemos com as diferenças.

Como era a reação das pessoas diante do “índio”?

 Escrevi muitas crônicas sobre esse contato, sobre como as pessoas me olhavam. Perguntavam se eu era japonês, se eu era chileno, boliviano. E, só por fim, se eu era índio. Quando eu dizia “Sim, sou índio”, sentia um certo alívio. “Puxa vida, eu também sou. A minha avó foi pega a laço. Ela era uma bugre”, dizia o sujeito, com certo ar de orgulho. “Mas como assim ‘pega a laço’? Cuidado com essa história de uma avó pega a laço”, eu dizia. “Ela não era um bicho que foi domesticado pelos ‘seres humanos’”. Esse tipo de afirmação demonstra preconceito e ignorância sobre a nossa história. Referir-se aos índios como um grupo cultural também demonstra uma certa ignorância, não? Quando me chamam de índio, às vezes brinco dizendo que não sou índio, não. Índio é uma denominação genérica. Ela não reflete o que realmente somos. O que sou mesmo é munduruku. Esse é o meu povo. Antes de ser índio, pertenço a um grupo específico, que tem as suas crenças, as suas tradições, os seus rituais e uma forma muito própria de lidar com o mundo. Uma forma diferente, inclusive, dos outros povos que vivem ao redor da gente.

Quando você percebeu que poderia ser escritor?
 Nos meus dilemas como índio vivendo na cidade, percebi que tinha que fazer uma opção: ou seria um ocidental e aceitaria o ser ocidental, ou me manteria indígena munduruku e aceitaria viver no ocidente a partir da minha experiência munduruku. Acabei optando pela segunda opção. Como educador social, criei um jeito de ensinar que passava pela contação de histórias indígenas. Passei a integrar à filosofia ocidental aquilo que eu trazia da minha tradição: educar os sentidos, os ouvidos, a sensibilidade. E acabei percebendo que dava muito certo. Há uma carência muito grande no ocidente desse tipo de abordagem, que muitas vezes era confundida com o modo oriental de educar. O que eu trazia, não. Era um modo autenticamente brasileiro, original, e as pessoas sentiam que o que elas aprendiam fazia bem a elas. Só depois descobri que sabia e podia escrever.

Por que ainda encaramos os índios como “os outros”?
Eu tenho a impressão de que o índio é “o outro” mesmo. Não existe o índio brasileiro. Existe o brasileiro que é índio. Veja que, nessa perspectiva, a coisa se inverte. Costumamos colocar o Brasil, que veio depois, como se ele tivesse vindo primeiro. Não. O Brasil nasce de uma raiz, de uma origem, que primeiro é indígena. Mesmo o Brasil intelectual, quando olha no espelho e enxerga o seu rosto indígena, não gosta do que vê. O Brasil é um país adolescente. Um país em crise de identidade, que ainda não percebeu que é formado por um conjunto de outros.

Ainda persiste uma visão paternalista em relação aos índios?
Sim, o Brasil ainda tem a visão do índio como um coitado. Um coitado, inclusive, que tem que ser preservado, como se preserva uma coisa. O índio não pode desfrutar do progresso. Índio com celular, carro, escrevendo livros, na universidade, doutor? Não, isso não pode acontecer. Acredita-se que o índio parou no tempo. Ou parou ou deve parar. Só vai permanecer índio se não se misturar. É o mito do índio puro, que vem de muito tempo. Há essa dificuldade de compreensão até na Funai. A Fundação Nacional do Índio estabelece que só atende aos índios aldeados. Aos outros, não. Ou seja: foram para a cidade, não são mais considerados índios. O próprio estado brasileiro define isso. As pessoas têm que entender que, se o índio quer se integrar ao mundo ocidental, é um direito dele. E ele não vai deixar de ser índio por isso. No máximo, vai incorporar outras culturas.

Essa visão do índio puro, pacífico, também não contrasta com uma característica guerreira de muitos povos?
Muitos povos indígenas são historicamente inimigos uns dos outros. O povo munduruku tinha uma porção de inimigos. Por isso sequestrava, guerreava, maltratava, escravizava. Talvez isso seja do ser humano. Quando um povo se alinhava com portugueses, ou franceses, ou holandeses, ele não estava guerreando sem razão. Tinha um propósito: exterminar os inimigos tradicionais, que mataram seus antepassados – o que, em termos históricos, oferece muitas camadas de leitura. Cada povo vai se organizando, se percebendo no mundo de uma maneira tal que não admite o outro, só a si mesmo. Não à toa, boa parte dos povos indígenas se autodenomina, cada qual a sua maneira, de “ser humano verdadeiro”. Os mundurukus são um deles, assim como os xavantes, os bororos. Ao se perceber no mundo, cada povo se sente como o povo escolhido. Os mitos de origem também reproduzem isso. Cada um conta a história a partir do seu ponto de vista.

Por que essa complexidade não chega adequadamente às salas de aula?
 

Talvez porque a escola, os professores, os educadores não saibam da própria história, da complexidade dessa história, ou talvez porque sejam muito preguiçosos. Acabam sendo repetidores de um sistema de ensino, de um conhecimento que eles próprios não valorizam. Em qualquer escola – nas públicas, em especial –, o que se comemora em 19 de abril, Dia do Índio, é basicamente a mesma coisa que se comemorava na década de 1970. Quando converso com educadores, costumo dizer que não estou falando com eles como educadores, mas como pessoas. Se eles acreditam que os povos indígenas são importantes, têm algo a ensinar e algo a dizer às crianças, certamente vão alcançar um resultado fabuloso como educadores. E, em consequência, como seres humanos. Costumo dizer que o papel do educador é confessar o que ele acredita. Mesmo que isso seja matemática, português, ciências. Ele tem que ir lá e confessar que esse conhecimento é importante para a vida dele, e portanto será importante para a vida dos alunos.

Você acredita que seu trabalho tem contribuído para quebrar paradigmas?
 Acho que sim. Há uma mudança visível nessa compreensão. Um ano após o outro, percebo que as escolas que trabalham de forma centrada e crítica sobre o tema evoluíram seus pensamentos. Quando visito esses lugares, não vou lá explicar se o índio caça ou pesca. Mas sim porque ele caça e pesca, ou se é possível ainda caçar e pescar hoje. E aí surge toda uma preocupação ambiental que as próprias crianças demonstram. Acho que essa mudança se dá um pouco por um trabalho na educação e na literatura que eu e outros companheiros fazemos, mas, sobretudo, por causa da atuação do movimento indígena no Brasil desde a década de 1970. É o resultado de mais de 30 anos de lutas.

Qual você diria que é o seu principal objetivo como escritor?
 O que me importa é tocar as pessoas. O livro para mim é um instrumento. É como uma flecha que eu lanço. E a flecha tem um alvo. É a história do arqueiro: o arco, a flecha e o arqueiro se unem, formam uma coisa só. Eu nunca fui um grande caçador. Aprendi a atirar como todo mundo da aldeia, mas nunca quis ficar matando bicho para comer, embora fizesse isso também. Acho que a palavra é a minha arma, uma flecha poderosa. E não a uso somente para contar histórias indígenas. Tenho livros que não tratam em nenhum momento de povos, personagens ou culturas indígenas. Apesar de, evidentemente, meu referencial ser sempre esse.

Você é doutor em educação pela USP. Existem atualmente muitos índios doutores no Brasil?
 Não. Existe aí uma meia dúzia, quando muito. A primeira, uma linguista, tornou-se doutora em 2007 – o que é uma coisa inacreditável. O Brasil tem 500 anos e só muito recentemente um indígena entrou na academia e tornou-se doutor. Na política também não é muito diferente. Não há um só deputado federal indígena, de estado algum. A única experiência de um indígena deputado foi a do Mário Juruna, na década de 1980. Para o povo indígena, foi essencial. O Juruna teve coragem de botar o dedo no nariz dos caras e dizer que eram ladrões, mentirosos. Por isso nunca mais foi eleito. Morreu recentemente, à míngua, porque disse a verdade e não tinha a malícia do político.

Como você crê que os políticos, de modo geral, enxergam os índios?
 As conversas que rolam nos botequins do Congresso vão no sentido de não permitir que tenham autonomia. Dar autonomia é empoderar as pessoas, perder o controle. A ideia do índio preguiçoso, ou contrário ao progresso, à produção, é interessante como justificativa desse controle. Essa “preguiça”, na verdade, tem a ver com outra concepção de produção, de tempo. Está em confronto com o mundo ocidental desde que os portugueses – estes sim preguiçosos – quiseram escravizar os índios para que produzissem por eles. “Produzir pra quê? Guardar pra quem?”. Na concepção do indígena, só há a ideia do hoje, do agora, do presente. Quando você pensa no amanhã, você não vive o hoje. O acúmulo, a poupança valem muito para a sociedade ocidental – a sociedade que inventou a geladeira. O desapego do indígena não cabe nesse mundo. Além de ferir os valores da ganância e do individualismo, a concepção indígena interfere na destruição do meio ambiente. O ocidental se encontra fora do ambiente. O ambiente para ele é algo a ser conquistado. Para o indígena, o ambiente é um parente, um companheiro de caminhada nesse planeta.

O Brasil se vende muito como o país da pluralidade, da diversidade. Falta o componente indígena nesse “produto”? 

 O Brasil não conhece a sua real diversidade. Quando se fala de índio, imaginamos o padrão Globo. A diversidade indígena é enorme. Apesar de tudo o que aconteceu até aqui, somos ainda 250 povos, 180 línguas. Mas tudo isso é transformado em folclore, nessa coisa congelada. Os indígenas são a alma do Brasil. A cultura brasileira é muito rica, foi se atualizando, se transformando. Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil é um povo novo, absolutamente diferente de tudo o que há no mundo. É verdade, mas é um povo que também não sabe aproveitar disso. As pessoas falam muito da cultura afro, que influenciou muito. É verdade, mas não se encontram no Brasil muitos negros que falam a língua tradicional. Entre os indígenas são 180 línguas, faladas teimosamente, resistentemente, Brasil afora. E em todos os cantos do Brasil. Tem gente que acha que só há índio na Amazônia. Em todos os estados brasileiros há presença indígena. Há mais índios nas cidades do que nas aldeias, inclusive. A Funai conta 400 mil aldeados e o IBGE diz que existem outros 600 mil fora das aldeias.

Qual é a principal contribuição dos índios para a cultura brasileira?
 Essa é uma pergunta fundamental, mas a resposta me parece muito simples: precisa manter-se vivo. Se os indígenas conseguirem resistir a tudo isso, já estarão contribuindo muitíssimo com o Brasil. Ao manterem-se vivos, esses povos vão trazer uma riqueza cultural, espiritual, moral que só bem faz ao Brasil. Infelizmente, o País ainda não despertou para isso. Não percebeu que a grande contribuição dos indígenas para o Brasil é a existência dos indígenas.

Por Almanaque Brasil 
DISPONÍVEL EM: 
Agradecimentos a Professora Sunamita Oliveira.




















Para você refletir





Liberdade Religiosa


"Você tem a sua religião e não abrirá mão do direito de professá-la fielmente. Evite discutir sobre a religião dos outros. Religião é ligação do homem com Deus. É coisa sagrada, portanto. Cada um tem o direito inalienável de adotrar a crença que lhe pareça melhor para a sua tranquilidade interior, e ninguém tem o direito de zombar dela, nem questionar. Respeite sempre a convicção religiosa de seu semelhante. Esta é a única maneira de exigir que a sua seja respeitada."

Pe. Nobre

TODO DIA É DIA DO ÍNDIO





Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar.
 
O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O indígena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.
Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:

1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.
Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.

2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens

Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.

3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14

Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.

4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola

A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.

5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas

"Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.

6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas

Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?
 
 
 Agradecimentos a Professora Sunamita Oliveira.

 




Monteiro Lobato



 

O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato."Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que o mesmo dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.
Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil, brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito.
Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.
Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.
Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira e seus famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor de rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?
Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.
Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar.
Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola




 

Domingo de Ramos






O Domingo de Ramos  abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor no Evangelho de São Lucas.
Neste dia, entrecruzam as duas tradições litúrgicas que deram origem a esta celebração: a alegre, grandiosa , festiva litrugia da Igreja mãe da cidade santa, que se converte em mímesis, imitação do que Jesus fez em Jerusalém, e a austera memória - anamnese - da paixão que marcava a liturgia de Roma. Liturgia de Jerusalém e de Roma, juntas em nossa celebração. Com uma evocação que não pode deixar de ser atualizada.
Vamos com o pensamento a Jesuralém, subimos ao Monte das Oliveiras para recalar na capela de Betfagé, que nos lembra o gesto de Jesus, gesto profético, que entra como Rei pacífico, Messías aclamado primeiro e depois condenado, para cumprir em tudo as profecias.
Por um momento as pessoas reviveram a esperança de ter já consigo, de forma aberta e sem subterfúgios aquele que vinha em nome do Senhor. Ao menos assim o entenderam os mais simples, os discípulos e as pessoas que acompanharam ao Senhor Jesus, como um Rei.
São Lucas não falava de oliveiras nem de palmas, mas de pessoas que iam acarpetando o caminho com suas roupas, como se recebe a um Rei, gente que gritava: "Bendito o que vem como Rei em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas".
Palavras com uma estranha evocação das mesmas que anunciaram o nascimento do Senhor em Belém aos mais humildes. Jerusalém, desde o século IV, no esplendor de sua vida litúrgica celebrada neste momento com uma numerosa procissão. E isto agradou tanto aos peregrinos que o oriente deixou marcada nesta procissão de ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa.
Com a litiurgia de Roma, ao contrário, entramos na Paixão e antecipamos a proclamação do mistério, com um grande contraste entre o caminho triunfante do Cristo do Domingo de Ramos e o "via crucis" dos dias santos.
Entretanto, são as últimas palavras de Jesus no madeiro a nova semente que deve empurrar o remo evangelizador da Igreja no mundo.
"Pai, em tuas mão eu entrego o meu espírito". Este é o evangelho, esta a nova notícia, o conteúdo da nova evangelização. Desde um paradoxo este mundo que parece tão autônomo, necessita que lhe seja anunciado o mistério da debilidade de nosso Deus em que se demonstra o cume de seu amor. Como o anunciaram os primeiros cristãos com estas narrações longas e detalhistas da paixão de Jesus.
Era o anúncio do amor de um Deus que desce conosco até o abismo do que não tem sentido, do pecado e da morte, do absurdo grito de Jesus em seu abandono e em sua confiança extrema. Era um anúncio ao mundo pagão tanto mais realista quanto mais com ele se poderia medir a força de sua Ressurreição.
A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.



Significado da Páscoa






A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII.

PÁSCOA NO JUDAÍSMO:

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Moshé lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moshé que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Moshé passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .

TRADIÇÕES PAGÃS NA PÁSCOA:

Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Shabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

A palavra Páscoa em várias línguas:

Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre - http://www.google.com.br/